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Em Audiência Pública juízes defendem zonas eleitorais no Vale

por imprensa — publicado 26/07/2017 14h45, última modificação 26/07/2017 14h50
O evento reuniu lideranças políticas, representantes de entidades de classe e comunidade

O presidente do legislativo, Mauro Bertoli e os vereadores Edson da Costa Freitas e Rodolfo Mota participaram na noite de ontem (terça-feira 25/07) de Audiência Pública, no Fórum Desembargador Clotário Portugal. Convocada pelo juiz José Roberto Silvério, da 179ª Zona Eleitoral, a audiência teve como meta discutir resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que acena com a extinção de zonas eleitorais em todo o País. No Paraná a estimativa é que 83 das 206 existentes vão ser extintas.

Durante o encontro, os juízes José Roberto Silvério e Caroline de Castro Carrijo, da 28ª, expuseram o que propõe a resolução, assinada pelo presidente do TSE, ministro Gilmar Mendes, e os prejuízos que a medida pode trazer para a Justiça Eleitoral tanto da Comarca de Apucarana como para demais comarcas do Paraná.

Do encontro participaram ainda prefeitos dos três municípios que fazem parte da Comarca – Beto Preto (PSD), de Apucarana, Emerson Toledo (PROS), de Cambira, e Moacir Andreola (PSD), de Novo Itacolomi, além do deputado estadual Tercílio Turini (PPS), demais juízes, promotores, vereadores e representantes de segmentos organizados da região.

O juiz José Roberto Silvério pediu apoio político das lideranças da região para não deixar que a Comarca de Apucarana perca uma zona eleitoral. “Já perdemos uma em 2013 que foi remanejada para Santa Fé, agora chega”, disse. Segundo ele, o argumento para a medida que seria redução de despesas não procede. “É muito fácil para quem está lá em Brasília falar em redução de despesas, sem conhecer a realidade do País”, afirmou. Para o juiz, a extinção de zonas eleitorais distancia a Justiça Eleitoral dos municípios e dificulta o trabalho de acompanhamento e fiscalização das eleições, principalmente em municípios pequenos onde as disputas políticas são acirradas.

Mesmo argumento tem a juíza Caroline Carrijo, da 28ª Zona Eleitoral. Segundo ela, a extinção pura e simples de zonas eleitorais não atende ao interesse público. No seu entender, este assunto precisa ser debatido com a sociedade.
Para o deputado Tercílio Turini, que comanda na Assembléia Legislativa movimento contra a resolução do TSE, a extinção de zonas eleitorais pela metade no Estado vai trazer sérios prejuízos para a sociedade e não vai reduzir despesa alguma. “A redução será de apenas 0,2% do orçamento da Justiça Eleitoral, isto é insignificante diante dos prejuízos que a medida causa”, afirmou
No final da audiência, os participantes assinaram documento contra extinção de zonas eleitorais, que será encaminhado ao Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR).

*Com informações do Jornal Tribuna do Norte

**Fotos: Irineu Garcia Riccardi