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Câmara de Apucarana cobra soluções da ALL

por Administrador publicado 20/10/2009 13h36, última modificação 08/04/2016 17h32
Os principais itens solicitados pelos vereadores foram a construção de passarelas ou trincheiras como forma de amenizar as interrupções de tráfego, a suspensão das manobras nos horários de pico

enquanto não forem construídas trincheiras ou passarelas, a roçagem periódica do mato que cresce na faixa de domínio, a instalação de uma cerca, fechando a área do pátio de manobras, e a instalação de um canal de comunicação com a população, ainda que seja um telefone 0800. “A população sofre com os transtornos causados pelo trem e não sabe nem mesmo como entrar em contato com a ALL”, afirmou o vereador Alcides Ramos Júnior (DEM).

O Legislativo bateu pesado no que diz respeito à roçagem da faixa de domínio. “É o mínimo que a ALL pode fazer. Trata-se de uma questão de segurança pública”, afirmou Júnior da Femac (PDT). Alcides Ramos lembrou acordos feitos anteriormente neste sentido e que não foram cumpridos pela ALL. “Se é pra fazer acordo, que se faça acordo para cumprir. Somos representantes da população e não estamos aqui para brincadeira”, protestou Alcides. Leandro Redivo afirmou que é difícil manter o mato controlado. “Tenho 1.200 quilômetros de linha férrea”, argumentou. O promotor Eduardo Cabrini advertiu, porém, que a discussão é a roçagem prioritária no perímetro urbano.

Quanto à construção de trincheiras e passarelas, a ALL afirma que isso não está previsto em contrato. A vereadora Lucimar Scarpelini (PP) admitiu que o contrato não prevê esse tipo de investimento e lamentou que a União não tenha olhado melhor para os usuários quando do processo de privatização do transporte ferroviário. Outros vereadores, como Aldivino Marques (PSC), Marcos Antônio Martins (PTC), Valdir Frias (PTB), Carmelo Ribeiro (PR), Telma Reis (PMDB) e José Airton Araújo, o Deco (PR), afirmaram que a situação é realmente crítica. Eles citaram mortes e mutilações ocorridas com pessoas que tentaram transpor as composições.

<!-- @page { margin: 2cm } P { margin-bottom: 0.21cm } --> Vereadores de Apucarana estiveram reunidos, na tarde desta segunda-feira (19), com Leandro Redivo, engenheiro coordenador de via da América Latina Logística (ALL). A reunião aconteceu no gabinete do presidente, Mauro Bertoli (PTB), contando também com a presença do promotor Roberto Cabrini e do procurador da União, Marcelo de Souza. “O objetivo da reunião foi cobrar soluções por parte da ALL para uma série de problemas que estão afligindo a comunidade, principalmente no que diz respeito à manobra dos trens, coisa que deixa alguns bairros isolados da área central, principalmente a Vila Apucaraninha”, afirmou Bertoli.

O promotor Cabrini lembrou que abriu o Inquérito Civil 32/09 para apurar eventuais irregularidades no acesso de pedestres ao Bairro Vila Nova Apucaraninha, atendendo a pedido da associação de moradores desta comunidade. Cabrini afirmou que pode, em conjunto com o Ministério Público Federal – para que não se perca tempo discutindo a que instância compete a iniciativa – propor um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) e, se necessário, uma ação civil pública. No entanto, ele recomendou que sejam esgotadas as negociações. “Até onde sei, sequer foi solicitada a liberação de recursos para obras de passarela junto ao Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (DNIT), que é o órgão que atua nesta área”, destacou o promotor.

Alguns vereadores também questionaram o fato de o diretor da ALL não ter comparecido à reunião na Câmara, como fez na semana passada, na Prefeitura, tendo se limitado a enviar um engenheiro de área. “Sem desmerecer o engenheiro Redivo, que foi solícito e atencioso, prometendo encaminhar algumas solicitações da Câmara, a verdade é que houve um descaso por parte da ALL, que podia ter aproveitado melhor esta reunião”, frisou Lucimar Scarpelini. Ela, Júnior da Femac e Val criticaram a demora em se tomar providências, enquanto se alega que há projeto para tirar a linha férrea da área urbana de Apucarana – projeto a ser executado dentro do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal, e que prevê investimentos da ordem de R$ 130 milhões. “O ano que vem é ano de eleição. Daqui a pouco, por força da lei eleitoral, não se assina mais convênio. Se esta obra sair, vai demorar 10, 20 ou 30 anos. Até lá as pessoas vão continuar morrendo ou sendo mutiladas na periferia de Apucarana?”, questionou Lucimar.