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Câmara de Apucarana retoma sessões com discurso político

por Administrador publicado 07/02/2012 17h16, última modificação 08/04/2016 17h33
Um tom político, refletindo o início do ano eleitoral, marcou a volta dos trabalhos na Câmara de Apucarana, na noite desta segunda-feira (06), quando aconteceu a primeira sessão ordinária do semestre.

Houve cobrança firme em relação a obras e serviços por parte da Prefeitura, através dos vereadores de oposição, enquanto a base aliada saiu em defesa do prefeito João Carlos de Oliveira e equipe, citando obras prontas ou em andamento. “Esse tom já era esperado. É natural que cada vereador faça o debate a partir da realidade política em que vive”, avaliou o vice-presidente Valdir Frias (PSD). Foi ele quem conduziu a sessão, uma vez que o titular, Alcides Ramos Júnior, participa de um evento nacional do seu partido, o DEM, em São Paulo.

Lucimar Scarpelini (PP) cobrou melhorias na Praça do Redondo. “Eu convido os senhores vereadores a visitarem o local”, disse ela, enumerando as luminárias, holofotes, porta de banheiro e outros itens danificados. Outros vereadores lembraram a situação da malha viária em alguns bairros da periferia. Luiz Brentan (PSDB) pediu investimentos na recuperação da malha rural, citando também uma ponte que desabou recentemente devido ao peso de um caminhão. A bancada aliada reagiu. “As obras de recuperação asfáltica estão por todo lado e o aniversário da cidade, neste mês de janeiro, foi marcado pela entrega de várias obras”, disse Mauro Bertoli (PTB), líder do prefeito João Carlos na Câmara. Telma Reis (PMDB) lembrou que a Prefeitura conseguiu para este ano mais de R$ 5 milhões em convênios na área da educação e que, somadas, as emendas parlamentares em favor de Apucarana vão atingir cerca de R$ 4,5 milhões.

Embora a sessão tenha transcorrido em clima ameno, houve um momento de discussão entre Aldivino Marques, o “Val” (PSC), e Mauro Bertoli. Val afirmou que o município perdeu os recursos destinados pelo deputado federal Ratinho Júnior para construção de um viaduto na entrada do Núcleo João Paulo. Segundo ele, o projeto foi alterado de maneira equivocada. “Quiseram jogar o dinheiro em outras obras, mas no final o ministério responsável não aprovou e não houve mais tempo de usar os recursos. É uma pena, pois na região do João Paulo vivem cerca de 10 mil pessoas”, afirmou Val. Bertoli disse que o viaduto tornou-se obra ultrapassada, com o projeto de rebaixamento dos trilhos. Val insistiu que a verba, de R$ 500 mil, amenizaria o problema das famílias que vivem na região. “Esse rebaixamento dos trilhos, se sair, pode demorar 10 ou 20 anos. Até lá, o povo do João Paulo vai viver com o problema do trem, que faz manobra ali, obstruindo a saída do bairro. Já houve até caso de pessoa com infarto e a ambulância teve que ficar ali parada, por causa do trem”, lamentou o vereador.


Segurança também ocupou espaço de destaque na pauta

 Na volta do recesso, os vereadores também se mostraram preocupados com os problemas de segurança em Apucarana. Telma Reis (PMDB) propôs a formação de uma comissão de vereadores a fim de entregar, em Curitiba, um pedido formal ao secretário de Segurança Pública, Reinaldo de Almeida César, de mais agilidade na convocação de PMs para a Escola de Polícia e o aumento de efetivo em Apucarana e região. Por sua vez, Lucimar Scarpelini (PP) defendeu, através de requerimento, a criação de um canil de segurança na Guarda Municipal, a exemplo do que existe em Arapongas. Os cães seriam adestrados para atuar em várias frentes, mas com destaque na ação de farejar drogas.

Marquinhos Martins (PTC) pediu reação do governo estadual contra criminalidade. “Apucarana virou hoje um alvo fácil para os assaltantes. Os policiais procuram fazer um bom trabalho, mas o efetivo é pequeno”, disse o vereador. Marquinhos frisou que a situação preocupante é geral no Estado, lembrando que só no final de semana Curitiba registrou 12 assassinatos.